18 março 2021

As 10 melhores dicas de educação financeira para ensinar crianças!

18 março 2021

Algumas pessoas acreditam que falar sobre finanças para uma criança é algo entediante e até mesmo estressante. Muitas ainda encontram dificuldade para conversar quando o assunto é dinheiro. Isso acontece pela relação desagradável que elas possuem com esse meio e pela falta de abordagem sobre o tema na infância.


No entanto, negligenciar o ensino sobre educação financeira infantil pode desencadear problemas futuros como endividamento, falta de organização e descontrole financeiro.


Por isso, iniciar a familiarização sobre dinheiro na infância desempenha um papel muito importante para a formação das crianças, oferece vários benefícios e evita prejuízos na vida adulta.


Se você busca maneiras de como educar seus filhos financeiramente, selecionamos as 10 melhores dicas para ajudar você a abordar esse tema de maneira simples e prática no dia a dia.


Como ensinar educação financeira aos filhos


Qual é a importância da educação financeira na infância?


Quando ensinada desde pequena sobre como lidar com os recursos financeiros disponíveis, a criança entende melhor o valor das coisas, passa a colaborar com os pais e se torna um adolescente e, futuramente, um adulto mais consciente e responsável a respeito do dinheiro.


Além disso, orientar os pequenos financeiramente evita frustrações e descontroles futuros na vida adulta. É um ato de consciência e cuidado com eles no presente que influenciará diretamente na qualidade de vida deles. 


10 dicas simples de como ensinar educação financeira para as crianças!


1 – Incentive a poupança


O cofrinho é o meio mais tradicional que os pais ou responsáveis podem utilizar para começar a ensinar sobre a importância de guardar dinheiro e, ao mesmo tempo, incentivar a criança a poupar para atingir algum objetivo ou para ter uma reserva de emergência no futuro.


Providencie e disponibilize um cofre explicando que ali serão depositadas as moedas ou cédulas que a mamãe, o papai, titios ou titias derem para ela. E que, quando o cofre estiver cheio, vocês contarão o dinheiro e ela poderá escolher como investir essa quantia.


Deixe a criança escolher algo de sua preferência, como um brinquedo ou um joguinho, por exemplo. Mas oriente-a quanto ao preço do produto e a quantia disponível. Assim ela começará a entender sobre planejamento e que, para comprar determinados bens é preciso se organizar para tornar isso possível.


Quando chegar a hora de conferir o cofrinho, é indispensável explicar a situação caso o dinheiro poupado não seja o suficiente para adquirir o que ela deseja. Ofereça a opção de escolher outro produto semelhante mais acessível naquele momento ou diga que, se ela esperar um pouco mais pode juntar até completar o que está faltando.


É preciso dialogar e mostrar que você está aberta a esclarecer todas as dúvidas que surgirem pelo caminho.


Essa prática incentiva a disciplina, transforma o ato de poupar dinheiro em um hábito e ensina sobre prioridades, pois a criança passa a entender que muitas vezes ela precisará fazer escolhas, analisando o que é mais importante no momento.


Vale ressaltar que o objetivo estabelecido pela criança não deve ser algo básico da vida dela, pois é obrigação dos pais ou responsáveis suprirem essas necessidades. Precisa ser algo que não faz parte do seu orçamento atual, mas que você ajudará ensinando-a como conseguir isso. Transforme essa tarefa em uma meta financeira divertida.


Aqui em casa minha mãe sempre nos incentivou a guardar dinheiro desde pequenas, mesmo que fossem apenas moedas que ela nos dava em um domingo de feira ou algumas cédulas que ganhávamos em um dia mais especial. Tudo era poupado e se transformava em um belo montante ao encher um cofrinho.


Esse hábito foi passado também para o meu sobrinho, hoje com 6 anos de idade, mas que desde os 3 vem aprendendo o valor das coisas e a importância de poupar.


Esse aprendizado, sem dúvidas, o ajudará a ser um adulto controlado que gastará seu dinheiro de maneira mais consciente. Além disso, ele já entende que, ao juntar uma determinada quantidade de moedas, pode somar e trocar por cédulas no comércio.


Isso também ajuda a exercitar a paciência da nossa garotada, pois eles acabam não desejando tudo de forma imediata. 


2 – Exemplifique o que é essencial e o que é supérfluo


Uma criança não consegue diferenciar o que é importante do que não fará falta se deixar de ser comprado. Então, é natural que ela queira todos os brinquedos que aparecem nas propagandas de TV ou todos os doces do supermercado.

Portanto, a responsabilidade de ensinar a ela quais são os itens indispensáveis para viver é dos pais. Assim, quando você não puder dar determinado presente porque destinou o dinheiro para a compra ou pagamento de algo fundamental, ou quando não quiser comprar porque já tem uma coisa parecida, ela passará a compreender melhor que nem tudo o que ela deseja será comprado.


Explicar o motivo pelo qual você não comprará algo é muito melhor, e faz muito mais sentido para os pequenos, do que simplesmente dizer que não tem dinheiro para isso.


 3 – Vá as compras!


Uma ótima prática para incluir nesse processo de aprendizagem é a ida ao supermercado. Permita que seus filhos participem das compras, dessa maneira eles começarão a desenvolver o consumo consciente ao estar em um ambiente cheio de opções, mas que é preciso ter controle na hora de gastar.


Antes de sair de casa, sente-se com eles para elaborar uma lista de compras. Façam juntos uma análise do que está faltando na dispensa, anote o item e a quantidade de cada um para que vocês saibam o que comprar quando chegar ao estabelecimento.


Você ainda pode oferecer aos seus pequenos a oportunidade de escolher algo, que não está na lista, para comprar quando chegar lá.



4 – Incentive a doação


O ato de doar ensina a criança a praticar o desapego, evitando o acúmulo de objetos desnecessários dentro de casa. Além de educar sobre generosidade, pois mostra para ela que ao preservar e manter brinquedos, roupas, calçados, uniformes e mochilas em bom estado, podem servir para outras pessoas que necessitem mais.


Além disso, essa ação reforça que aprender sobre dinheiro não deve transformar alguém em uma pessoa mesquinha, que só pensa em economizar para benefício próprio.


“Há quem dê generosamente, e vê aumentar suas riquezas; outros retêm o que deveriam dar, e caem na pobreza.” – Provérbios 11:24 


5 – Esclareça de onde vem o seu dinheiro


Quando se é pequeno, é normal não saber ao certo de onde vem o dinheiro que os pais usam para pagar as contas da casa, ir ao supermercado, comprar roupas novas, adquirir uma TV maior, viajar ou tomar sorvete durante um passeio.

Para a criançada ele aparece como mágica. Portanto, para não sustentar a ideia de que seu dinheiro surge como algo encantado, explique como isso acontece de verdade.

Fale, por exemplo que, ao sair de casa pela manhã e só voltar no fim do dia você vai ao trabalho, um lugar onde você executa as suas tarefas diariamente e recebe seu salário no fim do mês por seus serviços.

Dizer somente que dinheiro não dá em árvore quando seu filho pede para comprar algo que está fora do seu orçamento no momento, não é explicação.

Aqui é um bom momento para explicar sobre o uso do cartão de crédito, pois os pequeninos acham que ele também funciona de maneira fascinante, mas eles não entendem que ao passar o cartão hoje a fatura virá para pagar em breve.

6 – Estipule uma mesada


Estabelecer uma quantia e disponibilizá-la para os seus filhos, os ajudam a vivenciar a experiência de administrar o próprio dinheiro, preparando-os para ações da vida adulta.

Por isso é recomendado dar uma mesada ou mesmo uma semanada - para crianças menores que não possuem muita noção do tempo, já que um mês para elas é um período muito longo.


Você deve definir a quantia a ser dada, de acordo com os seus critérios, a idade e compreensão das crianças acerca do tema. Mas, sempre explique o porquê você está dando essa quantia para elas.

Deixe claro que é para consumo próprio, para guardar e comprar algum brinquedo ou jogo da preferência delas, ou ainda para gastar durante passeios. Deixe-as livre para fazer essa escolha.

Se acabar o dinheiro antes do próximo “pagamento”, não dê mais para a criança, pois ela precisa começar a repensar as escolhas e aprender a fazê-las de maneira mais consciente, aprendendo a gerenciar o dinheiro com responsabilidade e usá-lo quando realmente for necessário.


Caso você deseje realizar uma antecipação, é possível, mas cobre juros da próxima vez. Desconte da próxima mesada uma pequena quantia, mas que seja significativa. Assim você estará demonstrando uma situação da vida adulta, pois quando se pede um determinado valor emprestado ao banco, por exemplo, é preciso devolver mais do que foi pego anteriormente.

Isso fará com que seus filhos repensem ainda mais antes de sair gastando à toa.

O ideal é não interferir muito nas decisões dos pequenos, apenas orientá-los.

É importante que o dinheiro da mesada não seja o mesmo para o lanche da escola, por exemplo, para que eles não deixem de comprar comida para guardar e adquirir um outro bem.


Vale lembrar também que boas notas na escola e bom comportamento não devem ser recompensados com dinheiro.

7 – Estimule a participação na organização das finanças da casa 


Permitir que os pequenos participem da gestão do orçamento familiar, é uma ótima maneira de apresentar para eles como é o funcionamento de um lar, quais são as contas básicas para manter a casa, como são destinados os pagamentos de cada uma delas e como cada integrante da família pode colaborar com esse bom funcionamento.


Determine um dia da semana, ou do mês, para sentar-se e dialogar sobre as finanças e os planos da família. Estimule essa participação com uma linguagem adequada para a idade deles, sem tornar o assunto incompreensível.


Ao falar sobre maneiras de economizar na conta de água ou de energia, por exemplo, deixe que eles opinem dando suas soluções para contribuir com essa economia, assim eles começam a entender que também podem colaborar com as decisões financeiras.


Também podem expor opinião sobre um objetivo comum, como a realização de uma viagem em família. Pergunte o que eles acham do destino, roteiro de viagem e o que eles gostariam de fazer.


Isso também é uma ótima prática para prepará-los para lidar com imprevistos futuros, caso os planos precisem ser modificados para atender melhor as necessidades familiares naquele momento, como adiar a viagem ou até mesmo mudar o destino para um mais barato.


Engaje toda a família nessas conversas, transforme em um hábito, pois são assuntos importantes e rotineiros no dia a dia das pessoas.


Mostre que vocês podem trabalhar juntos para manter as finanças em ordem, como uma verdadeira equipe.


8 – Seja um exemplo 


Não adianta explicar a importância do planejamento financeiro e como poupar, se você fizer o contrário e acabar gastando de maneira descontrolada, acumular bens desnecessários e ficar endividado.


Crianças aprendem através dos exemplos que lhes são dados e não apenas pelo que falamos a elas. Portanto, se você espera ter sucesso com a educação financeira dos seus filhos, é preciso praticar o que ensina.


Se você ainda tem dificuldades em abordar o tema ou não se sente seguro o bastante para exemplificar a importância da educação financeira, busque adquirir mais conhecimento, leia e estude mais sobre o assunto.



9 – Promova a leitura e as brincadeiras


Além de ser um ótimo momento em família, a leitura e as brincadeiras estimulam ainda mais o aprendizado das crianças, pois facilita a compreensão e desperta a curiosidade delas a respeito do tema.


Opte por livros infantis que abordam sobre finanças, pois eles possuem uma linguagem adequada para os pequenos. Há várias opções disponíveis, basta escolher uma e dar início as atividades. 

 

Também há pequenos episódios de desenhos animados muito interessantes para ser apresentado a eles.


Se você quiser tornar o ensino um pouco mais divertido, jogos educativos são muito bons para isso. Além disso, existem várias atividades que você mesmo pode desenvolver em casa. Use a sua criatividade!


10 – Proporcione um lazer mais econômico 


Aqui o objetivo é mostrar para os seus filhos que nem todo passeio ou diversão dependem de muito dinheiro. Comece a ensinar que vocês podem brincar e se divertir sem gastar demais para isso.


Realizar um passeio de bicicleta no parque ou na praça da cidade é uma opção saudável e barata. Ou ainda, fazer um piquenique com lanchinhos caseiros, é divertido e muito delicioso.


Não deixe de promover esses momentos, é muito importante no desenvolvimento infantil. Além disso, ainda é ensinado a valorizar as pequenas coisas e o tempo passado com a família.


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Um comentário:

  1. Excelente! Estou completamente a favor disso. Hoje mesmo escrevi um artigo sobre a importância de ensinar finanças às crianças desde cedo. Confira a sugestão que compartilhei no meu blog. 📚💰 #EducaçãoFinanceiraParaCrianças https://fizcerto.com.br/a-importancia-de-ensinar-educacao-financeira-para-criancas/

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